22 de novembro de 2010

Educadores do Brasil e do exterior discutem experiências em Brasília

Educadores, gestores governamentais e de universidades públicas brasileiras vão trocar experiências sobre educação integral com representantes dos governos da Coréia do Sul, Espanha, França, Inglaterra e Finlândia. A partir de quarta-feira, 24, até sexta, 26, na Academia de Tênis, em Brasília, eles participarão do seminário internacional Educação Integral em Jornada Ampliada, promovido pelo Ministério da Educação.

Da parte brasileira, participam do evento os coordenadores estaduais e das capitais do programa Mais Educação, representantes das secretarias estaduais de educação e das 45 universidades públicas que trabalham na formação de professores, gestores e monitores do programa nas 27 unidades da Federação. Jaqueline Moll, diretora de educação integral da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) do MEC, explica que haverá discussões e reflexões sobre as experiências de educação integral no âmbito das políticas públicas. Segundo a diretora, os debates serão concentrados em temas como organização curricular, financiamento, formação de professores e de profissionais de apoio, alimentação e espaços escolares.

Outro ponto do seminário de interesse dos gestores públicos é o conhecimento das experiências com educação integral desenvolvidas por esse grupo de nações européias e do leste da Ásia. Argentina, Chile, Cuba, Canadá e Nova Zelândia também foram convidados, mas seus representantes ainda não confirmaram presença.

Desafio — Não copiar modelos, mas ouvir, perguntar e dialogar com as nações é o caminho do Brasil, segundo a diretora. Ela salienta que o país tem o desafio de oferecer escola em tempo integral a 53 milhões de crianças e jovens da educação básica, conforme dados do censo escolar de 2009.

No país, a educação integral nas redes públicas estaduais e municipais da educação básica é recente. As primeiras escolas começaram oferecer educação integral em jornada ampliada em 2008. Em 2010, dez mil unidades de ensino receberam recursos do MEC para atender 2,2 milhões de estudantes em jornada ampliada.

Fonte: MEC

19 de novembro de 2010

Mostra de Inovações Pedagógicas reúne 2,5 mil estudantes

A Secretaria Estadual de Educação (SE) realiza, nestas quinta e sexta-feiras (18 e 19), a III Mostra de Inovações Pedagógicas – Redescobrindo a cidade Maurícia. O evento é realizado na área externa da Secretaria, localizada no bairro da Várzea, no Recife, e tem como objetivo apresentar trabalhos acadêmicos realizados por alunos de Escolas Técnicas Estaduais e das 160 de Referencia em Ensino Médio. A abertura será às 15h.

A mostra deverá reunir 2,5 mil alunos que apresentarão seus trabalhos nas áreas de língua portuguesa, matemática e ciências humanas. Ao todo, são 172 estandes. De acordo com o secretário Executivo de Educação Profissional, Paulo Dutra, o objetivo da mostra é incetivar os professores a desenvolverem novas atividade e estimular a prática da solidariedade e inovação dos alunos.

A programação da Mostra também contará com 75 apresentações artísticas como dança, teatro e música, além de diversas oficinas realizadas pelos próprios alunos sob a supervisão dos professores responsáveis. Entre as oficinas haverá dança popular, confecção de origami e pinturas sobre o movimento harmorial.

Fonte: JC

Especialistas em leitura formulam políticas públicas para próximo governo

Representantes das cadeias produtiva, criativa e mediadora do livro estarão reunidos nestas quinta e sexta-feiras (18 e 19), no Hotel Imperial em Brasília, para avaliar as políticas do setor e formular propostas para o novo governo. O Encontro Nacional do Livro e Leitura, promovido pelo Ministério da Cultura (MinC), pretende reunir cerca de 150 especialistas, desde promotores de leitura até escritores, como Affonso Romano de Sant’anna, Marina Colasanti e Lygia Bojunga.

No primeiro dia, o MinC fará um balanço de suas ações e apontará os desafios e oportunidades para os próximos anos. Ao final do encontro, amanhã, será feito um documento sobre os desafios para a política de livro e leitura nos próximos quatro anos. O documento será entregue aos ministros da Cultura, Juca Ferreira, da Educação, Fernando Hadaad, e à presidenta eleita, Dilma Roussef.

Fonte: Agência Brasil

9 de novembro de 2010

Resumos - Seminário de pesquisas em Educação e Linguagem


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Lançamentos - Seminário de pesquisas em Educação e Linguagem


Confira a lista completa das obras a serem lançadas no Seminário de pesquisas em Educação e Linguagem

1. Alfabetizar letrando na EJA: fundamentos teóricos e propostas didáticas


Organizadores: Telma Ferraz Leal; Eliana Borges Correia de Albuquerque; Artur Gomes de Morais
Editora: Autêntica
Local: Belo Horizonte
Data: 2010

Autores:
Andrea Tereza Brito Ferreira
Artur Gomes de Morais
Eliana Borges Correia de Albuquerque
Leila Britto de Amorim
Telma Ferraz Leal

Como se relacionam alfabetização e letramento na EJA? Como os alunos se apropriam do sistema de escrita alfabética e que atividades podem ajudá-los nesse desafio, em sala de aula? Qual a importância do ensino voltado à compreensão e à produção de textos orais e escritos durante a alfabetização? Como planejar as rotinas escolares, na área de língua portuguesa, na EJA, de modo a contemplar boas atividades de alfabetização e sequências didáticas nas quais se trabalham os diferentes gêneros textuais? Fruto da experiência em pesquisa e ensino dos autores, este livro aprofunda essas questões. Com essa intenção, proporciona ao leitor elementos para que reflita sobre a apropriação da escrita – num sentido amplo – por jovens e adultos alfabetizandos. Além de trazer fundamentos teóricos para a ação docente, a obra socializa estratégias didáticas que favorecem a emergência de promissoras situações de aprendizagem para aqueles cidadãos que retornam à escola.

2. Ler e escrever na Educação Infantil: discutindo práticas pedagógicas


Organizadoras: Ana Carolina Perrusi Brandão; Ester Calland de Sousa Rosa
Editora: Autêntica
Local: Belo Horizonte
Data: 2010

Autores:
Alexsandro da Silva
Ana Carolina Perrusi Brandão
Artur Gomes de Morais
Eliana Borges Correia de Albuquerque
Ester Calland de Sousa Rosa
Fernanda Michelle Pereira Girão
Maria Jaqueline Paes de Carvalho
Maria Solange Brandão
Tânia Maria Rios Leite
Telma Ferraz Leal

O livro “Ler e escrever na Educação Infantil – discutindo práticas pedagógicas” apresenta ao leitor um conjunto de ensaios que compartilham a ideia de que o espaço institucional da Educação Infantil precisa ser orientado por uma intencionalidade pedagógica. Nesse sentido, pretende contribuir com o planejamento do ensino da linguagem escrita a crianças menores de 6 anos, na direção de práticas significativas que integrem, desde cedo, o letramento e a alfabetização.

3. Formação continuada de professores: reflexões sobre a prática

Organizadoras: Andrea Tereza Brito Ferreira; Shirleide Pereira da Silva Cruz
Editora:Editora da UFPE
Local: Recife
Data: 2010

Autores
Alexsandro da Silva
Andrea Tereza Brito Ferreira
Anne-Marie Chartier
Artur Gomes de Morais
Eliana Borges Correia de Albuquerque
Ivane Maria Pedrosa de Souza
Janssen Felipe Silva
Lucinalva Andrade Ataíde de Almeida
Maria Helena Santos Dubeux
Normanda da Silva Beserra
Rejane Dias da Silva
Shirleide Pereira da Silva Cruz
Telma Ferraz Leal

Como continuar formando o professor do ensino fundamental diante de tantas mudanças, demandas e orientações? Como pensar a formação continuada de forma a privilegiar interesses e necessidades do professor? Como a Universidade pode contribuir com esse movimento?
O livro trata de algumas questões ligadas à formação continuada de professores por meio de diferentes textos que trazem discussões teóricas e práticas sobre o fazer docente de maneira relacionada com a ideia de que estamos sempre aprendendo e redescobrindo as nossas maneiras de ser e de formar professores. Apresentamos nesse trabalho nossas experiências como formadores do CEEL (Centro de Estudos em Educação e Linguagem) e de outros espaços, tendo como ponto de partida a prática de formação continuada de docentes das séries inicias em Língua Portuguesa.

4. Alfabetização e Língua Portuguesa: livros didáticos e práticas pedagógicas

Organizadora: Maria de Graça Costa Val
Editora: CEALE/ Autêntica
Local: Belo Horizonte
Data: 2009 (lançada em 2010)

Autores
Ana Catarina Cabral
Ana Cláudia Tavares
Andréa Tereza Brito Ferreira
Beth Marcuschi
Carla Viana Coscarelli
Ceris Salete Ribas da Silva
Clecio Bunzen
Delaine Cafieiro
Eliana Borges Albuquerque
Else Martins dos Santos.
Giane Maria da Silva
Hércules Toledo Corrêa
Janice Helena Chaves Marinho
Maria da Graça Costa Val
Raquel Márcia Fontes Martins
Telma Ferraz Leal

O que é ser alfabetizador ou professor de língua portuguesa hoje? O que se deve ensinar? Como se deve ensinar? Este livro trata de temas ligados ao ensino-aprendizagem de alfabetização e língua portuguesa e analisa como são abordados em obras didáticas recentes. Não se trata de mais uma voz a apontar problemas. Ao contrário, o que o inspira é fazer ver que, apesar das dificuldades, há nos LD (livros didáticos) boas tentativas de responder aos desafios pedagógicos. Os livros analisados nesta coletânea de artigos forma aprovados pelo Programa Nacional de Livros Didáticos (PNLD), nas edições de 2007 e 2008. Esse programa tem impulsionado mudanças positivas no material que chega às escolas públicas. E, disponibilizando livros de melhor qualidade, vem criando condições adequadas para a renovação das práticas de ensino. Os oito artigos reunidos na obra tratam de temas importantes para o ensino-aprendizagem na área: metodologias e estratégias de alfabetização, ortografia, conhecimentos linguísticos, produção de textos escritos, leitura literária e letramento digital.

5. Diálogos entre Linguística e Educação

Organizadoras: Otilia Lizete Heinig; Cátia de Azevedo Fronza
Editora: Editora da FURB
Local: Blumenau
Data: 2010

Autores
Ana Carolina Perrusi Brandão
Ana Maria de Mattos Guimarães
Ana Ruth Moresco Miranda
Bárbhara Elyzabeth Souza Nascimento
Carla Suzana Frantz e Cátia de Azevedo Fronza
Hilário Inácio Bohn
Leonor Scliar-Cabral
Lodenir de Alcino Rangel
Márcia Regina Alvdes Gondim
Maristela Pereira Fritzen
Miliane Nogueira Magalhães Benício
Osmar de Souza
Otília Lizete de Oliveira Martins Heining
Rafaela Fetzner Drey
Stella Maris Bortoni-Ricardo
Telma Ferraz Leal

O livro traz doze textos que apresentam uma pequena parcela de estudos inseridos na área da Linguística e da Educação que voltam seu interesse ao contexto escolar, no qual a linguagem desempenha um papel essencial nos processos de ensino e de aprendizagem. As reflexões de pesquisadores as direcionam a fenômenos linguísticos diretamente vinculados ao processo de ensino e de aprendizagem nas rotinas escolares e no ensino e na aprendizagem de línguas para estudantes surdos ou com Síndrome de Down, por exemplo.

6. Cadernos de Educação. A aquisição e o ensino da linguagem escrita. Ano 19, Nº 35, Janeiro/abril de 2010.


Organizadoras: Ana Ruth Moresco Miranda; Ana Paula Nobre da Cunha
Editora: Universidade Federal de Pelotas (UFPel)
Local: Pelotas, RS
Data: abril de 2010

Autores
Ana Cláudia Rodrigues Gonçalves Pessoa
Alessandra Pagliuso dos Santos
Ana Paula Nobre da Cunha
Ana Teberosky
Annette Karmiloff-Smith
Artur Gomes de Morais
Alexsandro da Silva
Carla Jeanny Fusca
Carmen Lúcia Barreto Matzenauer
Cristiane Carneiro Capristano
João Veloso
Jorge Luís Lira da Silva
Larissa Berti
Lourenço Chacon
Luciani Tenani Carolina Reis Monteiro
Nuria Ribera
Viviane Vomeiro Luiz Sobrinho

A Cadernos de Educação de número 35 apresenta como tema "A aquisição da escrita". Esse tema tem sido central para a produção de uma educação de qualidade desde os anos iniciais do processo de escolarização. Nesta edição foram reunidos importantes textos que tratam de diferentes aspectos relacionados à escrita, sua aquisição e ensino. São textos que se originaram, basicamente, das investigações de três grupos de pesquisa que têm contribuído enormemente para o avanço do conhecimento nessa área. Estamos nos referindo ao Grupo Didática da Língua Portuguesa, da Universidade Federal de Pernambuco, ao Grupo de Pesquisa Estudos sobre a Linguagem - GPEL/CNPq, da Universidade Estadual Paulista – Marília e São José do Rio Preto, e ao Grupo de Estudos sobre a Aquisição da Linguagem Escrita - GEALE, da Universidade Federal de Pelotas. Mais do que representantes de diferentes regiões de um país multicultural e rico em diversidade, estes grupos de pesquisa produzem conhecimentos que ajudam a revelar um pouco da complexidade inerente aos estudos da língua, seja em suas manifestações oral ou escrita. São conhecimentos que impressionam pelos avanços que atingem uma área do conhecimento capaz de integrar saberes tão diversos e que interessam a um contingente cada vez maior de educadores voltados para o trabalho com a língua materna.

5 de novembro de 2010

Ceel realiza seminário de pesquisas em Educação e Linguagem


Apresentar à comunidade acadêmica os resultado das pesquisas desenvolvidas pelo Centro de Estudos em Educação e Linguagem da Universidade Federal de Pernambuco (Ceel/Ufpe). Este é objetivo do 1º Seminário de Pesquisa em Educação e Linguagem que acontece nos próximos dias 16 e 17 na UFPE.

Com atividades programadas para acontecer no Centro de Educação e no Centro de Artes e Comunicação da Universidade, o Seminário busca apresentar à comunidade acadêmica as principais reflexões e perspectivas metodológicas assumidas nas pesquisas desenvolvidas, assim como revelar qual o impacto destes estudos na formação da equipe e dos professores atendidos pelas ações do Ceel/Ufpe.

Na ocasião serão apresentados os resultados de 26 pesquisas conduzidas pela equipe pedagógica do Centro de Estudos. São projetos de iniciação científica, trabalhos de conclusão de curso de graduação, além das pesquisas empreendidas nos cursos de especialização, mestrado e doutorado em áreas que dialogam diretamente com os temas educação e linguagem.

Durante o Seminário de Pesquisa em Educação e Linguagem também acontecem lançamentos de livros e mesas-redondas com a participação das coordenadoras Eliana Correia de Albuquerque, Ana Cláudia Pessoa, Andréa Brito e Telma Ferraz Leal.

Estudantes de graduação, pós-graduação e professores das redes públicas de ensino podem participar do evento gratuitamente. As inscrições para ouvintes acontecem entre os dias 05 e 10 de novembro, das 8 às 18h, na sala do Ceel/UFPE, localizada no 1º andar do Centro de Educação da UFPE. As inscrições serão encerradas quando as vagas forem preenchidas.

A programação completa e as informações sobre lançamentos de livros podem ser acessadas no website do Ceel/UFPE, no endereço www.ceelufpe.com.br/seminario.html

Mais informações
secretceel@yahoo.com.br
81 2126.8921

Apoio
Editora Autêntica

Investimento em educação atinge meta de 5% do PIB

O investimento público direto em educação, em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), chegou a 5% no Brasil – ou seja, alcançou a meta proposta para este ano. O valor representa 1% a mais do que foi investido até 2003 e é o maior já registrado na história do país. Os dados, referentes ao ano de 2009, são do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

“Agora, estamos ficando alinhados com o que ocorre nos países desenvolvidos”, disse o ministro da Educação, Fernando Haddad, nesta quarta-feira, 3. Ele se referia ao padrão de investimento dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE): em torno de 6% do PIB.

Haddad salientou que todo o incremento, em relação aos anos anteriores, se deu na educação básica. Este ano, o investimento nessa etapa chegou a 4,3% do PIB, enquanto na educação superior o percentual chegou a 0,7%.

O ministro também informou que a distância entre o investimento na educação básica e na educação superior, por aluno, diminuiu ainda mais. Em 2000, a diferença era de 11 vezes. Em 2009, caiu para 5,1 vezes.

Série histórica – O maior salto no investimento público em educação relativo ao PIB se deu em 2006, quando passou de 3,9% no ano anterior para 4,3%. Nos anos seguintes, o percentual subiu para 4,5%, 4,7%, até chegar ao patamar dos 5% em 2009.

No cálculo do investimento público em educação relativo ao PIB não estão incluídas as despesas com aposentadorias e pensões, bolsas de estudo e financiamento estudantil. Os dados referem-se à destinação de recursos consolidada do governo federal, dos estados, do Distrito Federal e dos munic
ípios.

Fonte: MEC

4 de novembro de 2010

Escola pública pernambucana entre as melhores do Enem e do Ideb

Construção coletiva
Série de ações que envolvem docentes, funcionários, comunidade e alunos faz com que escola pernambucana esteja entre as melhores do Enem e do Ideb

por Marta Samico

Mariana Marla Medeiros Alves, de 11 anos, cruza a fronteira entre a Paraíba e Pernambuco todos os dias para estudar na Escola Estadual Tomé Francisco da Silva, localizada em Lagoa da Cruz, zona rural de Quixaba (PE). A instituição atende, em dois turnos, cerca de 800 alunos do ensino fundamental e médio e alguns deles chegam a percorrer até 35 km por dia para frequentar as aulas. "Pra mim, esta escola é de Primeiro Mundo. Se não fosse boa, não tiraria Mariana de Princesa Isabel (PB) para estudar aqui, em Pernambuco", justifica seu pai, o pedreiro Adalberto Alves.

A reputação da Tomé Francisco, como é chamada por todos, cresceu após se destacar em diversas avaliações e premiações. A escola registrou um dos melhores desempenhos do estado entre as séries iniciais no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) em 2007 e 2009, com 6,6 e 6,5, respectivamente, e esteve entre as 20 mais bem colocadas da rede pública de Pernambuco no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2009, com média geral 559,32.

Os sucessos são comemorados com a comunidade em ações de reconhecimento. A instituição roda um jornal bimestral, que já noticiou a vitória de alunos na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP), uma nota 10 na redação do Enem, a lista dos aprovados em universidades e a participação dos professores nos projetos pedagógicos. Uma edição especial, lançada apenas com os textos dos estudantes selecionados na Olimpíada da Língua Portuguesa, foi utilizada como material didático para o estudo de português e literatura pelos demais alunos.

Não são apenas ganhadores de competições externas que têm o seu trabalho reconhecido. Outra prática comum é expor as tarefas nas paredes da escola. "Isso foi algo que sempre fizemos, porque o aluno se esforça mais e se sente prestigiado. Quando vencemos o Prêmio Nacional de Referência em Gestão Escolar, em 2008, fui contemplado com um intercâmbio aos Estados Unidos e foi uma surpresa ver que as escolas de lá também expõem os trabalhos dos estudantes", diz o diretor Ivan José Nunes Francisco.

Outro pilar da administração é a gestão democrática. O colegiado escolar, formado por gestores e representantes dos professores, pais e alunos, reúne-se para debater todos os assuntos referentes à instituição, inclusive a adaptação do Projeto Político Pedagógico (PPP).

A comunidade também integra essa discussão. A instituição realiza assembleias semestrais para apresentar o PPP aos pais. Nesses encontros, são analisados ainda indicadores de aprendizagem e de evasão, além de divulgadas as metas e ações previstas para o período. "Só conseguiremos alcançar nossos objetivos se todos estiverem comprometidos. Por isso, buscamos integrar a comunidade em tudo o que fazemos. E, quanto a isso, não temos o que reclamar. Todos aqui são muito participativos", elogia Ivan, que cita a presença de cerca de 400 pais na última assembleia, realizada no dia 21 de julho.

De olho no resultado

Entre as prioridades pedagógicas, está o foco no desempenho do aluno. Cada estudante é acompanhado individualmente, com fichas de avaliação que relatam não só as notas e quantos livros paraditáticos leu, mas também a participação em sala de aula e a interação com os colegas. "Começamos a avaliar os aspectos atitudinais para fazer um cruzamento com as notas. Verificamos que os estudantes mais participativos são aqueles que obtêm o melhor desempenho", explica Josilene Quidute, coordenadora pedagógica das séries iniciais.

O trabalho de avaliação do aluno é feito em conjunto pela coordenação pedagógica e pelo professor da disciplina. "No início do trabalho me senti vigiada e cobrada, mas depois consegui entender que as intervenções adotadas provocam mudanças significativas no desempenho final dos meus alunos", relata Girlene Nunes, professora do 5º ano.

As fichas são entregues aos pais a cada dois meses. "Nessas reuniões, sempre fazemos algo interessante, como a apresentação de teatro ou música ao vivo. Talvez por isso contamos com uma participação tão grande", especula Ivan. Depois das atividades gerais, os pais se deslocam às salas de aula para debater a avaliação com os professores. Os casos dos alunos com desempenho abaixo do esperado são discutidos em particular com os responsáveis.

A frequência dos estudantes também é acompanhada de perto. Ao identificar cinco faltas consecutivas ou dez alternadas sem justificativa em um mesmo mês, a escola convida os responsáveis a uma reunião e chega até a fazer visitas domiciliares a quem não comparece. "Nos preocupamos em conversar também com o aluno, para saber a razão de não vir às aulas. Se ele relata algum tipo de desmotivação, buscamos tornar a escola mais atraente para que volte a frequentar", diz a coordenadora pedagógica. Com isso, o índice de evasão caiu de 6%, em 2006, para 1% em 2009.

Para dinamizar o aprendizado e incentivar a participação dos estudantes, a Tomé Francisco aposta na realização de projetos pedagógicos. Estas iniciativas abordam assuntos variados, como literatura, arte e cultura popular. Os alunos são sensibilizados em sala de aula, depois participam de oficinas para trabalhar o tema artisticamente, com pintura, teatro ou dança. Para finalizar, uma plenária apresenta os trabalhos à comunidade. "Quando há algum projeto em andamento, os alunos se motivam, e a escola fica de certa forma diferente", diz Josilene.

A maior parte dos estudantes conta ainda com reforço de português e matemática no contraturno, uma ou duas vezes por semana. Eles recebem o material didático e almoço nos dias em que ficam na escola para as aulas. "Servimos de referência para o governo do estado instituir o programa de reforço escolar", conta Ivan.

O corpo pedagógico também é estimulado a dar continuidade aos estudos. Toda equipe possui formação superior na sua área de atuação e 70% dos profissionais têm pós-graduação. Na atual gestão do governo estadual, a educação conti­nuada passou a ser um programa institucional, mas, antes disso, a coordenadora pedagógica Josilene Quidute promovia cursos de atualização para os professores, que eram substituídos em sala de aula por estudantes de pedagogia da própria comunidade, normalmente ex-alunos da escola.

Com essas iniciativas, a aprovação melhorou em todas as classes entre 2006 e 2009. O destaque foi para as séries iniciais, em que houve evolução de 93% para 99%

Leia matéria na íntegra no site:
http://revistaescolapublica.uol.com.br/materia.asp?edicao=17&id_materia=145

3º Encontro de Literatura Infanto Juvenil


Termina hoje (04), às 21h30, o III Encontro de Literatura Infanto Juvenil da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap). Confira abaixo a programação completa e participe, ainda dá tempo!

03/11/2010:
17h às 17h50 - Sala 409. 4º andar. Bloco B
OFICINA: O Verso e o Reverso da Literatura Infanto Juvenil – Jussara Khoury (Escritora)

18h às 18h50 - Jardim ao lado da Biblioteca
APRESENTAÇÃO TEATRAL: O Segredo da Arca de Trancoso, de Luiz Felipe Botelho, sob a direção de Ednaldo Reys.

19 às 21h30 - Aud. G2. 1º andar. Bloco G
ABERTURA: Degislando Nóbrega de Lima – Diretor do CTCH / Haydée Camelo – Coordenadora do Curso de Letras

A literatura infanto juvenil e a sua interface com o exercício da cidadania – Jussara Khoury (Escritora)

Histórias de Proveito e Exemplo no Folheto Nordestino – Fabiana Furtado (Profª da UNICAP)
Bili com limão verde na mão: uma proposta concretista - Wanessa Loyo

La utilización de los cuentos clásicos infantiles en una clase de e/le – Vanessa Valentim (Graduada em Letras pela UNICAP)
Encerramento – Robson Teles (Profº da UNICAP)

Coordenação das Comunicações – Elizabeth Siqueira (Profª da UNICAP)

04/11/2010:
19h às 21h30 - Aud. G2. 1º andar. Bloco G

O Conto além da Roda de Leitura – Ana Franjic (Especialista em Psicopedagoia)
O Conto de Fadas muito além dos símbolos: uma releitura de clássicos – Cecília Salgueiro (Graduanda em Letras pela UNICAP)
Observações simbólicas do filme Peter Pan na Terra do Nunca – Alessandra Barbosa (Graduada em Letras pela UNICAP)
O embondeiro que sonhava pássaros, de Mia Couto: uma leitura simbológica – Rosana Teles (Profª IFEP)
Minha Poesia – Stella Carter (Poetisa – 12 anos – Aluna da Escola Oswaldo Lima Filho – PCR -)

Coordenação das Comunicações: Clélia Geha (Profª UNICAP)
Encerramento – Robson Teles (Profº da UNICAP)